segunda-feira, 20 de abril de 2009

A arte de comercializar informalmente...

O seu nome provém do francês camelot ("vendedor de artigos de pouco valor"), embora esta denominação já tenha caído por terra (basta uma passadinha na Uruguaiana para conferir os mega computadores da Nasa, MP6's, simuladores de vôo e máquinas de capuccino, vendidos a preço de banana). Cada um com sua criatividade, cada um com sua flexibilidade na opção de pagamento. Tem de tudo, e de qualquer forma. Torradeira sem tomada, alicate enferrujado, revistas de palavras-cruzadas usadas, relógio inventado. Um dia desses, fui surpreendido com um lote de cocô artificial por um real. Isso mesmo!!! Bosta de mentirinha por apenas um real. Com cinco "merréis" dá pra levar uma enciclopédia Barsa. Com dez , até projeto de monografia (quiosque do Genival, s/n, Acari). E nas andanças pelas barracas desse país, não é que me deparo com mais uma figura dessas de se tirar o chapéu! Isso aconteceu, mais uma vez, no conhecidíssimo calçadão de Duque de Caxias (êh terra boa, eheheh). O camarada, na sua rotina de ganhar o pão de cada dia, lança mão daqueles DVD's que mal foram lançados no cinema. É bem verdade que camelô tem um poder fenomenal de se adaptar a qualquer meio (tá sol, vende picolé; começa a chover, tem guarda-chuva de todas as cores e tamanhos; choveu e encheu? Tem bote, barco a motor, veleiro, Cruzeiro com show do Rei Roberto Carlos, etc). Mas a reflexão teve que rolar quando eu ouvi aquilo que seria o argumento de vendas do garotão. O mesmo mandava assim, sem exagero:





- DVD na minha mão! DVD na minha mão! É lançamento! Shrek DUBRADO, Shrek DUBRADO!


Shrek DUBRADO?

Foi f... ouvir aquilo. Fiquei me perguntando: será que foi ele quem "dubrou" o filme inteiro? Pelo menos tem personagem na história compatível com o ser:





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